O Regicídio

12-02-2012 17:25

 

 

 

                                               

 

 

Regicídio deu-se a 1 de Fevereiro de 1908, na Praça do Comércio, em Lisboa.

 

Este acontecimento, resultou da morte do Rei D.Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D.Luís Filipe.

 

O atentado resultou da evolutiva consumição do sistema político português, em parte devido ao desgaste político originado pela alternância de doispartidos no Poder: o Progressista e o Regenerador. O Rei, como juiz do sistema político, havia designado João Franco para o lugar de Presidente do Conselho de Ministros.

Este, discordante do Partido Regenerador, solicitou ao Rei o encerramento do Parlamento, para poder promover uma série de medidas com vista à edificação da vida política.

 

O Rei tornou-se então, alvo de todas as apreciações, que acusavam Franco de governar em Ditadura.

A oposição ao regime atingiu o máximo de violência. 

O Rei, a Rainha e o Príncipe Real, quando regressavam Vila Viçosa, e apesar do clima de grande tensão, o rei preferiu fazer a sua viagem em carruagem aberta, como normalmente o fazia. De um momento para o outro,  a carruagem foi abalroada por vários tiros. Um tiro de espingarda atravessou o pescoço do Rei, matando-o imediatamente.

 

                                                            

 

 

A rainha, de pé, defende-se com o ramo de flores que tinha nas mãos, batendo num dos atacantes, que subira o encosto da carruagem. O infante D.Manuel é também atingido num braço. Dois dos regicidas, Manuel Buíça, professor primário expulso do Exército e Alfredo Costa, empregado do comércio e editor de obras de escândalo, são mortos no local.

Após o regicídio, e com D. Manuel II no trono, uma das suas primeiras decisões foi demitir João Franco.

 

 

                                                                                                    

  O Infante sobrevivente, D.Manuel II, reinaria até 1910.