O Regicídio
O Regicídio deu-se a 1 de Fevereiro de 1908, na Praça do Comércio, em Lisboa.
Este acontecimento, resultou da morte do Rei D.Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D.Luís Filipe.
O atentado resultou da evolutiva consumição do sistema político português, em parte devido ao desgaste político originado pela alternância de doispartidos no Poder: o Progressista e o Regenerador. O Rei, como juiz do sistema político, havia designado João Franco para o lugar de Presidente do Conselho de Ministros.
Este, discordante do Partido Regenerador, solicitou ao Rei o encerramento do Parlamento, para poder promover uma série de medidas com vista à edificação da vida política.
O Rei tornou-se então, alvo de todas as apreciações, que acusavam Franco de governar em Ditadura.
A oposição ao regime atingiu o máximo de violência.
O Rei, a Rainha e o Príncipe Real, quando regressavam Vila Viçosa, e apesar do clima de grande tensão, o rei preferiu fazer a sua viagem em carruagem aberta, como normalmente o fazia. De um momento para o outro, a carruagem foi abalroada por vários tiros. Um tiro de espingarda atravessou o pescoço do Rei, matando-o imediatamente.
A rainha, de pé, defende-se com o ramo de flores que tinha nas mãos, batendo num dos atacantes, que subira o encosto da carruagem. O infante D.Manuel é também atingido num braço. Dois dos regicidas, Manuel Buíça, professor primário expulso do Exército e Alfredo Costa, empregado do comércio e editor de obras de escândalo, são mortos no local.
Após o regicídio, e com D. Manuel II no trono, uma das suas primeiras decisões foi demitir João Franco.
O Infante sobrevivente, D.Manuel II, reinaria até 1910.