Bernard Montgomery

23-06-2013 09:50

Bernard Law Montgomery, 1º visconde Montgomery de Alamein, nasceu em Londres no dia 17 de novembro de 1887.

Filho de um sacerdote, Montgomery recebeu sua educação na escola St. Paul’s, em Londres, e na Royal Military Academy (Sandhurst).

Combateu na 1ª Guerra Mundial – sendo ferido duas vezes – onde foi reconhecido como um instrutor de primeira linha das tropas, tendo como particularidade a grande insistência na aptidão física, juventude, e na eficiência de liderança. Na Primeira Guerra recebeu promoções, saindo do conflito com a patente de Tenente-coronel.

Na Guerra Irlandesa de Independência, de 1919 a 1921, Montgomery foi o oficial em Comando do condado de Cork, Irlanda o maior condado da área. Tal conflito foi conhecido pela sua ferocidade e pelas represálias levadas a efeito pelas forças da Coroa.

Em 1938, Montgomery alcançou o generalato. Com o início da Segunda Guerra Mundial, Monty, liderou uma divisão na França e, após a retirada das tropas aliadas de Dunquerque, comandou a seção do sudeste da Inglaterra na prevenção de uma provável invasão Alemã.

Em agosto de 1942, Winston Churchill o indicou como comandante do 8º Exército Britânico para operações no Norte da África. Temos então os célebres Ratos do Deserto. Com eles, Montgomery obrigou Rommel recuar, obrigando-o a deixar o Egito depois da Segunda Batalha de El Alamein.

Os Ratos do Deserto perseguiram os exércitos alemães pelo norte da África até se renderem, na Tunísia em maio 1943.

Sob o comando do general estadunidense Eisenhower, compartilhou a responsabilidade principal na invasão aliada na Sicília em julho de 1943. Em segida conduziu seu 8º Exército pela costa leste italiana.

  

Montgomery com Eisenhower

Mais uma vez sob o comando de Eisenhower, Montgomery revisou o plano para a operação Overlord – invasão da Normandia – recomendando expandir o tamanho da força invasora e da área de desembarque. Eisenhower concordou com o plano de expansão – codinome “Netuno” – e Montgomery deveria ficar com o comando de todas as forças terrestres – britânicas, canadenses e estadunidenses – nos princípios da invasão, iniciada no dia 6 de junho de 1944.

Na parte norte do seu comando, as tropas Britânicas ficaram imóveis no lado de fora da cidade francesa de Caen. O plano original de Montgomery previa capturar Caen em apenas alguns dias após a invasão, porém a missão foi cumprida após várias semanas. Intencionalmente ou não, a sua insistência fez com que a divisão armada alemã protegesse Caen, deixando o 3º Exército Estadunidense, sob o comando do General Patton, chegar pelo oeste e depois norte, capturando diversas forças alemãs que recuavam no bolsão de Falaise.

Num modo geral, o desempenho de Montgomery durante os desembarques na Normandia foi diversas vezes criticado por aqueles que consideravam seus planos demasiadamente rígidos e de pouca imaginação. O alto comando da Wehrmacht, viu nele uma ameaça pouco perigosa como comandante, assim como, George Patton, o tinha como um homem de muitos hábitos e precauções.

Os simpatizantes de Montgomery declararam que a sua precaução era devida a situação de comandar na maior parte das vezes, forças britânicas e canadenses, e estas forças eram limitadas em número, e difícil de serem repostas. Ele não podia arriscá-las ao sacrifício desnecessariamente. Situação completamente oposta aos comandantes estadunidenses, Bradley e Patton, que tinham ao seu dispor recursos e homens ilimitadamente.

Eisenhower, então, ficou com o comando das forças terrestres, enquanto continuava como Comandante Supremo. Montgomery ficou chateado com esta mudança. Como compensação, Winston Churchill o promoveu a Marechal.

  

Iniciando no dia 1º de agosto, seu 21º Grupo de Exército, integrado pelo 2º Exército Britânico (comandado por Miles Dempsey) e pelo 1º Exército Canadense (comandado por H.D.G. Crerar), Montgomery levou o grupo à vitória no norte da França, Bélgica, Holanda e norte da Alemanha. E no dia 4 de maio de 1945 recebeu a rendição dos exércitos alemães do norte, em Lüneburg Heath.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, Montgomery foi sagrado Cavaleiro e 1º Visconde Montgomery de Alamein, em 1946. Comandou o exército britânico do Rhine e serviu como o Chefe geral do Quadro Imperial entre 1946 e 1948. Foi presidente da organização permanente da defesa da União Européia Ocidental (1948-51) e posteriormente comandante do Quartel-General Supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), entre 1951 e 1958.

Escreveu suas memórias (Memoirs – 1958) e The Path to Leadership (1961).

Montgomery sempre foi cauteloso em suas estratégias, ao ponto de preparar excessivamente seus movimentos, deixando de seus colegas comandantes aliados impacientes. Costumava insistir na completa preparação de seus homens e de todo o material antes de qualquer ataque, uma prática que, embora lenta, rendeu sucessos e garantiu sua popularidade na tropa.

No dia 7 de Janeiro, 1945 Montgomery declarou, numa conferência de imprensa, que o crédito pela vitória Aliada na batalha do Bulge era dele. Fato controverso, uma vez que os comandantes estadunidenses afirmaram que Montgomery manteve as suas forças recuadas durante muito tempo.

Montgomery faleceu no dia 24 de março de 1976, aos 89 anos.