Absolutismo na Inglaterra - Resumo

23-06-2013 09:06
O Absolutismo Monárquico
 
 
 
O absolutismo pode ser definido como o poder ilimitado dos reis. Esse tipo de governo fez parte de um período de transição entre o feudalismo e o capitalismo industrial. De forma clara Absolutismo significa em geral a grande concentração do poder politico nas mãos dos reis, numa época de expansão das atividades comerciais e de enriquecimento da burguesia. Por isso, o Estado absolutista deve ser entendido como parte das mudanças que marcaram a Europa na transição do feudalismo para o capitalismo.
 
Teóricos do Absolutismo
 
O Absolutismo tinha que ser justificado pela razão e pela fé para que as pessoas aceitassem um tipo de estado tão autoritário. A base teórica de apoio ao poder absoluto dos reis foi desenvolvida por importantes escritores, entre os quais:
 
 
 
Thomas Hobbes (1588-1679)
 
Filósofo inglês, Hobbes defendia a ideia de que a natureza humana era, desde sempre, má e egoísta. Para ele só um estado forte era capaz de limitar a liberdade individual, impedindo a “guerra de todos contra todos”, como afirmou em sua obra, o Leviatã. Desse modo, demostrava ser necessário um Estado centralizado e poderoso, dirigido pelo rei.
 
 
 
Jacques Bossuet (1627-1704)
 
Bispo e teólogo francês, Bossuet foi um dos mais importantes intelectuais da corte de Luís XIV, o mais absolutista dos reis da França. Em seu livro: Politica tirada da sagrada Escritura, desenvolveu a Doutrina do direito divino dos reis, segundo a qual o poder do soberano expressa a vontade de Deus. Sendo sagrado o poder monárquico, qualquer rebelião contra ele é criminosa. Para Bossuet, a autoridade do rei é de origem divina e, portanto incontestável, absoluta, ilimitada.
 
 
O Absolutismo inglês
 
Na Inglaterra, a dinastia Tudor inaugurou o absolutismo. Com os reis dessa família, a Inglaterra transformou-se numa grande potencial comercial e marítima.
 
 
 
 
A formação do Absolutismo inglês
 
Na Inglaterra, durante o século XIII, os nobres obrigaram o rei a assinar um documento chamado: Magna Carta, que limitava os poderes da coroa. No mesmo século instituiu-se o Parlamento formado por membros do clero, da nobreza e da burguesia, que se tornou um poderoso obstáculo ao poder do rei.
 
 
 
O fortalecimento do poder monárquico só ocorreu após a Guerra das Duas Rosas (1455-1485), um intenso conflito entre famílias nobres rivais pela posse da coroa. A guerra devastou o reino, enfraqueceu a nobreza e despertou nos habitantes o anseio por um governo forte, que acabasse coma s agitações e a insegurança, Quando o combate terminou , subiu ao trono Henrique VIII, fundador da dinastia Tudor e do Absolutismo inglês.
 
Na dinastia Tudor, o comércio e as manufaturas cresceram, aumentando assim o número de burgueses na sociedade inglesa, que era uma sociedade que não cedia espaço para os burgueses crescerem.
 
Henrique VIII
 
Os burgueses em geral eram seguidores da religião calvinista (puritanos e presbiterianos) e não tinham acesso aos privilégios dados aos seguidores da religião anglicana (religião criada pelo rei Absolutista Henrique VIII). O problema é que o governo estava sendo pressionado de um lado pelos burgueses, que queriam um governo menos autoritário e que entrevisse menos na economia e de outro lado havia camponeses sem trabalho (pois foram demitidos do trabalho no campo) promovendo agitações e revoltas nas cidades.
O Governo da Rainha Elizabeth I
 
Elizabeth I
 
Com Elizabeth I, o absolutismo inglês chegou ao auge. Seguindo os passos do pai (Henrique VIII), ela fez tudo para fortalecer a autoridade real. Controlou a disputa politica e religiosa entre católicos e protestantes, estabeleceu boas relações com o parlamento e conseguiu fazer da Inglaterra Anglicana uma igreja nacional, o que reforçou a unidade do país.
A morte de Elizabeth I encerrou a dinastia Tudor. Sem herdeiros diretos, o trono foi assumido por seu primo, um membro da família Stuart.
 
 
 
A revolução Puritana
 
Mesmo após o fim da dinastia Tudor (Henrique VIII) a dinastia Stuart procurou ser mais dominadora sobre a política e a economia. O rei criou leis que cobravam pesados impostos e obrigavam o povo presbiteriano que adotassem o modelo de funcionamento da Igreja Anglicana.
 
A Dinastia Stuart teve inicio apos a morte de Elizabeth I, sucedendo - lhe o seu primo Jaime VI, rei da Escócia passando, apos a tomada de poder, a ter o titulo de Jaime I. O seu governo representou uma fase controversa para a sociedade onde a burguesia, devido ao seu elevado poder econômico, passou a exigir a mesma igualdade que a nobreza. Por sua vez, no governo do seu filho Carlos I, a situação social também não era a mais favorável, dado que o povo, miserável, se revoltava contra o rei. Seguiram- se Carlos II e Jaime II, alguns destes reis eram católicos o que fazia com que , apesar de se viver num regime parlamentar, quisessem regressar aos ideais absolutistas
 
 
 
Em 1642, o rei invadiu o parlamento, dando início assim à uma guerra civil na Inglaterra que separou a nação entre os apoiadores do rei (compostos pela maioria dos nobres, católicos e anglicanos ligados ao rei) e o lado do parlamento, que era contra o rei (composto de pequenos proprietários de terras, mercadores, donos de manufaturas, sendo a maior parte puritano ou presbiterianos).
 
 
Oliver Cromwell

 
Essa guerra civil durou sete anos, sendo que no final, Oliver Cromwell que foi o puritano que comandou a revolução, tornou-se um ditador que não quis respeitar nem ao parlamento, perdendo o apoio até dos seus seguidores quando morreu. Esse período foi conhecido como Revolução Puritana.
 
 
 
A revolução Gloriosa
 
Guilherme de Orange.
 
 
Em 1660, a dinastia Stuart voltou ao poder, mas não durou muito pois o rei queria aumentar o poder da religião católica o que despertou a ira de puritanos e presbiterianos. Novamente, o parlamento, em 1688 depõe o rei e coloca em seu lugar um holandês protestante conhecido como Guilherme de Orange. Esse fato foi a instauração da burguesia no poder e ficou conhecido como Revolução Gloriosa.