Benito Amilcare Andrea Mussolini

23-06-2013 09:53

Benito Amilcare Andrea Mussolini, nasceu em 29 de Julho de 1883 na cidade de Dovia di Predappio e faleceu dia 28 de Abril de 1945 em Giulino di Mezzegra.

De família humilde, seus primeiros anos de vida foram numa pequena vila. Seu pai era ferreiro, socialista e alcoólatra. Sua mãe, Rosa Maltoni, era professora primária, e principal fonte de sustento da família.

O Nome Benito foi uma homenagem ao revolucionário Benito Juarez. Mussolini, a exemplo de seu pai, tornou-se socialista e mais tarde marxista.

Aos 11 anos de idade, Benito esfaqueou um colega de escola e atirou tinta ao professor. Apesar disso prosseguiu com os estudos e qualificou-se como professor primário em 1901.

Em 1902 foi para Suíça para evitar o serviço militar, mas, não encontrou nenhum emprego e além de preso por vagabundagem, acabou sendo deportado para a Itália, onde cumpriu o serviço militar obrigatório.

Após deixar o serviço militar, empregou-se num jornal na cidade de Trento – na época sob domínio austro-húngaro – em 1908; onde escreveu um romance, chamado A amante do cardeal.

Informalmente, constituiu lar com Rachele Guidi – casando-se formalmente cinco anos após – e em 1910 nasceu a primeira filha, Edda. Em 1916 nasce Vittorio, em 1918 Bruno, em 1927 Romano e em 1929, Anna Maria.

Política

Quando começou sua carreira de jornalista e político propagou firmemente o socialismo italiano, causa pela qual escreveu diversos artigos no jornal esquerdista Avanti, do qual era redator-chefe. Em 1914, esteve a frente do jornal Popolo d’Itália, onde partiu em defesa de uma intervenção italiana em favor dos aliados e opondo-se contra a Alemanha.

Com a expulsão do Partido Socialista Italiano, entrou no exército, assim que a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial. Chegou ao posto de sargento, e foi ferido em combate por uma granada.

Em 1919, criou a Fasci Italiani di Combatimento, organização que daria origem ao Partido Fascista. Com base numa filosofia política teoricamente socialista, atraiu os militares descontentes e grande parte da população, e com isso aumentou os quadros e o tamanho do partido.

Depois de grandes perturbações políticas e sociais – período em que alcançou grande popularidade – tornou-se chefe do partido.

Eleito deputado em Milão em 1921, promoveu as ações de represálias dirigidas por suas milícias, os “Camisas Negras” contra os esquerdistas e contra os grevistas.

Em 1922 ao lado de Bianchi, De Vecchi, De Bono e Italo Balbo, organizou a marcha sobre Roma, um golpe propagandista. Mesmo Mussolini não esteve presente. Fato convenceu o rei Víctor Emanuel III a confiar-lhe o governo. Nomeado primeiro ministro em outubro de 1922, conquistou plenos poderes na Câmera, afastou progressivamente toda oposição parlamentar e exerceu uma verdadeira ditadura a partir de 1925, autodenominando-se Duce – condutor. Tal campanha teve apoio da burguesia e da Igreja.

Em 1929, por precisar do apoio da Igreja e dos católicos, findou a Questão Romana – desentendimento entre os papas e o Estado italiano – assinando a Concordata de São João Latrão com Pio XI. Esse tratado acordou a criação do Estado do Vaticano, o papa recebia indenização monetária pelas perdas territoriais, o ensino religioso se tornou obrigatório nas escolas italianas, o catolicismo se tornava a religião oficial da Itália e passava ser ilegal o emprego em cargos públicos de sacerdotes que deixassem a batina.

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Concordata de São João Latrão

 

Segunda Guerra Mundial 
Em 1935, ocupou a Abissínia – atual Etiópia – jogando por terra o apoio da França e da Inglaterra, que eram seus aliados políticos. Tal campanha militar causou a morte de 500 mil pessoas entre os africanos, e cerca de 5 mil mortes de italianos. Armas químicas foram usadas contra a população local, fato que não foi noticiado na imprensa italiana, sob controle de Mussolini.

Desde então, aliou-se a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados. Em 1936, assinou com a Alemanha e com o Japão o Pacto Tripartite, pelo qual os Três países formavam uma aliança político-militar que, consequentemente, arrastaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.

Invadiu a Albânia em 1938 e enviou vários destacamentos que combateram ao lado das tropas de Franco durante a Guerra Civil de Espanha. Em seguida, atacou a Grécia – porém foram repelidos e expulsos por completo em 8 dias de batalha.

Com o início da Segunda Guerra Mundial combateu pelo Eixo e, após diversas derrotas, mesmo com o apoio militar alemão, foi destituído do poder e preso em 1943.

Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães em Gran Sasso no dia 12 de Setembro de 1943 numa ação de resgate admirável, liderada por Otto Skorzeny, conhecida comoOperação Eiche – OAK.

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Mussolini e Hitler

 

Morte

Em liberdade, fundou a República Social Italiana – conhecida como República de Salò -, no Norte da Itália, mas em pouco tempo foi preso novamente por guerrilheiros da Resistência italiana. No dia 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci, Mussolini foi assassinado por integrantes da resistência.

Num ato típico de eras medievais,  seu corpo e o de sua esposa ficaram expostos à execração pública por vários dias, pendurados de cabeça para baixo em praça pública em Milão.

Não há nenhuma clareza sobre quem foi o responsável pelos disparos que mataram Mussolini e sua esposa.

Michele Moretti, último sobrevivente do grupo guerrilheiro antifascistas que matou o ditador, faleceu em 1995. Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome “Pietro”, manteve até o fim o segredo sobre quem realmente disparou sobre Benito Mussolini e esposa.

Alguns historiadores italianos dizem que o próprio Moretti matou ambos. Outros afirmam que o autor dos disparos, de uma metralhadora de “Pietro”, foi outro partigianoWalter Audisio. De concreto temos apenas que a ação foi de responsabilidade da Resistência italiana.